sábado, 14 de novembro de 2009

Visita de Jesus


Era uma noite iluminada... Um anjo apareceu a uma família muito rica e falou para a dona da casa:

Estou te trazendo uma boa notícia: Esta noite o Senhor Jesus virá visitar a tua casa!

Aquela senhora ficou entusiasmada. Jamais acreditara ser possível que esse milagre acontecesse em sua casa.

Tratou de preparar uma excelente ceia para receber a Jesus. Encomendou frangos, assados, conservas, saladas e vinhos importados.

De repente, tocou a campainha. Era uma mulher com roupas miseráveis, com aspecto de quem já sofrera muito...

Senhora - disse a pobre mulher - será que não teria algum serviço para mim? Tenho fome e tenho necessidade de trabalhar.

Ora bolas -retrucou a dona da casa. Isso são horas de vir me incomodar?
Volte outro dia. Agora estou muito atarefada com uma ceia para uma visita muito importante.

A pobre mulher se foi...

Pouco mais tarde, um homem, sujo de graxa, veio bater-lhe à porta.

Senhora, falou ele, o meu caminhão quebrou bem aqui na esquina. Não teria a senhora, pôr acaso, um telefone para que eu pudesse me comunicar com um mecânico?

A senhora, como estava ocupadíssima em limpar as pratas, lavar os cristais e os pratos de porcelana, ficou muito irritada:

Você pensa que minha casa é o que? Vá procurar um telefone público...Onde já se viu incomodar as pessoas dessa maneira? Pôr favor, cuide para não sujar a entrada da minha casa com esses pés imundos!

E a anfitriã continuou a preparar a ceia: Abriu latas de caviar, colocou a champanhe na geladeira, escolheu na adega os melhores vinhos e preparou os coquetéis. Nesse meio tempo, alguém lá fora bate palmas.

Será que agora está chegando Jesus?- pensou ela emocionada.
E com o coração batendo acelerado, foi abrir a porta. Mas se decepcionou.
Era um menino de rua, todo sujo e mal vestido...

Senhora, estou com fome. Dê-me um pouco de comida!

Como é que eu vou te dar comida, se nós ainda não ceamos? Volta amanhã, porque esta noite estou muito atarefada... não posso te dar atenção...

Finalmente a ceia ficou pronta. Toda a família esperava, emocionada, o ilustre visitante. Entretanto, as horas iam passando e Jesus não aparecia.

Cansados de tanto esperar, começaram a tomar aqueles coquetéis especiais que, pouco a pouco, já começaram a fazer efeito naqueles estômagos vazios, até que o sono fez com que se esquecessem dos frangos, assados e de todos os
pratos saborosos.

Na manhã seguinte, ao acordar, a senhora se viu, com grande espanto, na presença do anjo.

Será que um anjo é capaz de mentir? gritou ela. Eu preparei tudo esmeradamente, aguardei a noite inteira e Jesus não apareceu. Porque você fez isso comigo? Porque essa brincadeira?

Não fui eu que menti... Foi você que não teve olhos pra enxergar, explicou o anjo.

Jesus esteve aqui em sua casa pôr três vezes: Na pessoa da mulher pobre, na pessoa do caminhoneiro e na pessoa do menino faminto, mas a senhora não foi capaz de reconhecê-lo e acolhê-lo em sua casa...

Uma ocasião especial



Um amigo meu abriu a gaveta da cômoda de sua esposa e pegou um pequeno pacote embrulhado com papel de seda: "Isto - disse - não é um simples pacote".
Tirou o papel que o envolvia e observou a bonita seda e a caixa.
"Ela comprou isto na primeira vez que fomos a Nova York, há uns 8 ou 9 anos.
Nunca o usou. Estava guardando-o para uma ocasião especial. Bem, creio que esta é a ocasião".
Aproximou-se da cama e colocou a prenda junto com as outras roupas que ia levar para a funerária.
Sua esposa tinha acabado de morrer.
Virando-se para mim, disse: "Não guarde nada para uma ocasião especial.
Cada dia que se vive é uma ocasião especial".
Ainda estou pensando nestas palavras... E já mudaram minha vida.
Agora estou lendo mais e limpando menos.
Sento-me no terraço e admiro a vista sem me preocupar com as pragas, fico mais tempo com minha família e menos tempo no trabalho.
Compreendi que a vida deve ser uma fonte de experiências a desfrutar, não para sobreviver.
Já não guardo nada. Uso meus copos de cristal todos os dias.
Coloco uma roupa nova para ir ao supermercado, se me der vontade.
Já não guardo meu melhor perfume para ocasiões especiais, uso-o quando tenho vontade.
As frases "algum dia..." e "qualquer dia..." estão desaparecendo de meu vocabulário.
Se vale a pena ver, escutar ou fazer, quero ver, escutar ou fazer agora.
Não estou certo do que teria feito a esposa de meu amigo se soubesse que não estaria aqui para a próxima manhã que todos nós ignoramos.
Creio que teria chamado seus familiares e amigos mais próximos.
Talvez chamasse alguns amigos antigos para desculpar-se e fazer as pazes por possíveis desgostos do passado.
Gosto de pensar que teria ido comer comida chinesa, sua favorita.
São estas pequenas coisas deixadas por fazer que me fariam desgostoso se eu soubesse que minhas horas estão limitadas.
Desgostoso, porque deixaria de ver amigos com quem iria me encontrar.
Cartas... cartas que pensava escrever "qualquer dia destes".
Desgostoso e triste, por que não disse a meus irmãos e meus filhos, com suficiente freqüência, que os amo.
Agora, trato de não atrasar, adiar ou guardar nada que traria risos e alegria para nossas vidas.
E, a cada manhã, digo a mim mesmo que este será um dia especial.
Cada dia, cada hora, cada minuto é especial.

O retorno


Ele quase não viu a senhora, com o carro parado no acostamento. Mas percebeu que ela precisava de ajuda. Assim parou seu carro e se aproximou. O carro dela cheirava a tinta, de tão novinho. Mesmo com o sorriso que ele estampava na face, ela ficou preocupada. Ninguém tinha parado para ajudar durante a ultima hora. Ele iria aprontar alguma? Ele não parecia seguro, parecia pobre e faminto.

Ele pode ver que ela estava com muito medo e disse:
- Eu estou aqui para ajudar madame. Por que não espera no carro onde esta quentinho? A propósito, meu nome é Bryan.

Bem, tudo que ela tinha era um pneu furado, mas para uma senhora era ruim o bastante. Bryan abaixou-se, colocou o macaco e levantou o carro. Logo ele já estava trocando o pneu. Mas ele ficou um tanto sujo e ainda feriu uma das mãos.

Enquanto ele apertava as porcas da roda ela abriu a janela e começou a conversar com ele. Contou que era de St.Louis e só estava de passagem por ali e que não sabia como agradecer pela preciosa ajuda. Bryan apenas sorriu enquanto se levantava. Ela perguntou quanto devia. Qualquer quantia teria sido muito pouco para ela. Já tinha imaginado todos as terríveis coisas que poderiam ter acontecido se Bryan não tivesse parado.

Bryan não pensava em dinheiro. Aquilo não era um trabalho para ele. Gostava de ajudar quando alguém tinha necessidade e Deus já lhe ajudara bastante. Este era seu modo de viver e nunca lhe ocorreu agir de outro modo. Ele respondeu:
- Se realmente quiser me reembolsar, da próxima vez que encontrar alguém que precise de ajuda, dê para aquela pessoa a ajuda que precisar.

E acrescentou:
-... e pense em mim.
Ele esperou ate que ela saísse com o carro e também se foi. Tinha sido um dia frio e deprimido, mas ele se sentia bem, indo pra casa, desaparecendo no crepúsculo. Algumas milhas abaixo a senhora encontrou um pequeno restaurante.

Ela entrou para comer alguma coisa. Era um restaurante sujo. A cena inteira era estranha para ela. A garçonete veio ate ela e trouxe-lhe uma toalha limpa para que pudesse esfregar e secar o cabelo molhado e lhe dirigiu um
doce sorriso, um sorriso que mesmo os pés doendo por um dia inteiro de trabalho não pode apagar.

A senhora notou que a garçonete estava com quase oito meses de gravidez, mas ela não deixou a tensão e as dores mudarem sua atitude. A senhora ficou curiosa em saber como alguém que tinha tão pouco, podia tratar tão bem a um estranho.
Então se lembrou de Bryan. Depois que terminou a refeição, enquanto a garçonete buscava troco para a nota de cem dólares, a senhora se retirou.

Já tinha partido quando a garçonete voltou. A garçonete ainda queria saber onde a senhora poderia ter ido quando notou algo escrito no guardanapo, sob o qual tinha mais 4 notas de $100 dólares. Havia lagrimas em seus olhos quando leu o que a senhora escreveu. Dizia: "Você não me deve nada, eu já tenho o bastante. Alguém me ajudou uma vez e da mesma forma estou lhe ajudando. Se você realmente quiser me reembolsar não deixe este circulo de amor terminar com você".

Bem, haviam mesas para limpar, açucareiros para encher, e pessoas para servir.
Aquela noite, quando foi para casa e deitou-se na cama, ficou pensando no dinheiro e no que a senhora deixou escrito.
Como pode aquela senhora saber o quanto eu e meu marido precisamos disto?
Com o bebê para o próximo mês, como estava difícil!
Ela virou-se para o preocupado marido que dormia ao lado, deu-lhe um beijo
macio e sussurrou:
- Tudo ficara bem; eu te amo, Bryan.

Volte Sempre

A imaginação é mais importante que a ciência, porque a ciência é limitada, ao passo que a imaginação abrange o mundo inteiro.

Albert Einstein